Meu carregador de sentimentos
Desde a gravidez, ouvimos que tudo o que sentimos, o bebê sente também. Se estamos contentes, tristes, estressadas… Sempre procurei na primeira gestação – e tenho procurado nesta também – manter a calma e ficar tranquila para que o bebê também pudesse se desenvolver em um ambiente harmônico. Lógico, nem sempre consigo e aí tento explicar pra ele o que está acontecendo (sim, eu falei e falo com a minha barriga).
Eis que o bebê nasce e aí é aquele turbilhão de sentimentos – nossos e deles. É todo um mundo novo para as mães e para os filhos e vamos aprendendo dia a dia a lidar com isso. Fui vendo na prática, por exemplo, que meu nervosismo o deixava nervoso também. Por isso, nos primeiros meses, meu marido conseguia acalmar muito mais o Gabriel do que eu, pela sua tranquilidade e serenidade.
O bebê cresce e essa troca de sentimentos continua. Se nosso pequeno está doente e abatido, também ficamos mexidas. Se estamos alegres, eles também são contagiados e transbordam sorrisos. Se ficamos estressadas, eles percebem e parecem que exigem ainda mais a nossa atenção.
É por isso que acho que o Gabriel é meu carregador de sentimentos de várias formas. Pelo fio invisível que nos conecta, a tal ligação entre mãe e filho, sentimos o estado um do outro e isso mexe conosco. Mas, acima de tudo, ele recarrega minhas energias.
Ao vê-lo, penso em como minha vida é boa simplesmente porque ele existe e porque tenho a família que tenho. E mais importante: penso em como isso é o que importa, pois são essas pessoas que importam.
Há dias em que estou esgotada. Pode ter sido um dia estressante no trabalho ou cheio de trabalhos domésticos pra fazer. Pode ter sido uma discussão com alguém ou alguma situação incômoda. Aí eu chego em casa e, no final do dia, minha bateria simplesmente está acabando.
Às vezes, quero sumir, trocar de emprego, esquecer algumas pessoas e desejo que o Gabriel não enfrente situações semelhantes que geram tanto aborrecimento e indignação. Mas sei que ele irá se deparar com isso e não posso evitar, bem como sei que a vida é assim e ele aprenderá a lidar com essas situações e, principalmente, com pessoas nem sempre tão agradáveis como gostaríamos de esbarrar e conviver. Faz parte do pacote existencial! (Nota mental e agora escrita: espero que ele não somatize tanto quanto eu e viva de maneira mais leve como o pai)
Pois bem, quando fico assim, quase no 0% de bateria, eu olho para o Gabriel e ele me dá energia para voltar aos 100%. Ao vê-lo, penso em como minha vida é boa simplesmente porque ele existe e porque tenho a família que tenho. E mais importante: penso em como isso é o que importa, pois são essas pessoas que importam.
Outro dia, li uma frase na internet que dizia: “Não gaste os teus dias com quem te desgasta”. Simples, né? Mas difícil de praticar. Só que quando o Gabriel me olha, sorri pra mim sem motivo algum, eu entendo e tento absorver essa mensagem. A vida é muito curta para gastarmos energia com bobagem. Temos que reservar nossas energias para viver com quem nos faz bem e feliz. E hoje minha felicidade está na maternidade.
É muita responsabilidade ser pai e mãe. Ao colocar um filho no mundo, estamos acreditando que este é um lugar com mais gente boa do que ruim e precisamos crer no melhor do ser humano e num País melhor. A gente vai aprendendo e ensinando.
Nesse percurso, vamos fazendo desejos para que tudo de bom e de melhor aconteça com a nossa família e com nossos filhos. Nem sempre consigo praticar, mas quem sabe este post sirva como mais uma forma de lembrete de que precisamos ligar nessa tomada para recarregar as energias, ficar em paz e transmitir a paz para nossos pequenos que ainda tem tanto a aprender e viver. Então vamos viver da melhor forma que der, com atitudes positivas e valorizando tudo e, principalmente, quem temos. Não deixe zerar sua bateria! 😉
Gostei da metáfora. Vou começar a olhar para o filhote como meu recarregador de sentimentos também!
Ás vezes, eles descarregam nossa energia rsrsrs Mas basta um sorriso para carregarem de novo! 😉
Também acredito muito nisso. Os filhos sentem o mesmo que nós. Por isso é importante fazer o exercício diário de ficar bem e não gastar energia com o que não merece. Temos que focar no nosso bem maior. Nossos filhos. Adorei o blog. 😉
Que bom que gostou, Gabi! Volte sempre!