#maededois: diferença entre as gestações
Já recebemos aqui no blog a Débora na nossa coluna #VisitadeMãe que falou muito bem sobre a diferença que percebeu entre a sua primeira e a segunda gestação (leia aqui). Por aqui, entrando no sexto mês da gravidez n°2, também tenho percepções diferentes.
Na verdade, desde o início já é mais tranquilo- pelo menos está sendo assim pra mim. Por mais que a gente queira saber se está mesmo grávida, não tive a mesma ansiedade da primeira vez em que, no mesmo dia em que fiz o exame de sangue, já paguei uma consulta particular com uma obstetra só pra confirmar mesmo que tinha um bebê na minha barriga e que o sonho estava se tornando realidade. Lembro que do Gabriel fiz o exame de farmácia numa quinta à noite, o de sangue na sexta de manhã, fui na médica na sexta à tarde e fiz o primeiro ultrassom já no sábado de manhã. Lembro, inclusive, as datas. Agora, nesta segunda vez, não lembro nem o dia certo em que descobrimos a gravidez e entre um exame e outro teve um intervalo maior.
Outra facilidade foi que não precisei encontrar um obstetra, pois permaneci no que escolhi para me acompanhar na primeira gestação e com quem me consulto desde então. Como o médico não tinha agenda, a primeira consulta demorou um pouco, mas levei tudo na tranquilidade, tendo as orientações mesmo que a distância para saber que estava tudo bem. O próprio pré-natal não está tendo a necessidade de que eu vá todo o mês ao médico por não ser uma gravidez de risco e por eu já saber como funciona. Lógico que qualquer coisa tenho os contatos do meu médico e posso tirar dúvidas com ele a qualquer momento.
Quem leu meu relato de parto, sabe também que não fiquei focada na gravidez mesmo da primeira vez porque eu tive que correr pra conseguir finalizar minha dissertação antes de o Gabriel nascer ( apresentei pra banca duas semanas antes). Agora também não consigo focar 100%. Não tenho uma dissertação, mas tenho o Gabriel que demanda meus cuidados e minha atenção.
O quarto do Gabriel também foi todo planejado para ser um quarto de bebê (apesar de já pensarmos os móveis para quando ele crescesse). Mas agora vamos adaptar o escritório ao quarto do novo bebê. Lógico que estou pensando em detalhes como pintura, colocar uns quadros, uns enfeites, mas tudo mais adaptado ao que já temos e nada que exigirá grandes reformas. Os armários permanecerão e o berço será o do Gabriel, que passará para uma cama montessoriana. (Eles até poderiam dividir o quarto, mas confesso que tenho receio de um acordar o outro. E dois acordados de madrugada é o que menos preciso. Já que temos um terceiro cômodo, achei melhor separá-los pelo menos neste início)
Em relação a sintomas, a gravidez do Gabriel foi super tranquila. Tive aquele sono absurdo no primeiro trimestre e um pouco de azia nos últimos meses. Desta vez, tive enjoo no início, o sono veio com força total também ( foi, inclusive, o que me fez suspeitar da gravidez no primeiro momento) e, por enquanto, só. Fiquei um mês indisposta agora, o que me fez ficar semanas sem postar até no blog, mas não por problemas relacionados à gravidez, e sim porque tive uma gripe que emendou em uma virose e depois em uma sinusite bacteriana – que até ser descoberta me gerou muito mal estar e cansaço. Mas agora já estou praticamente 100%.
Na primeira gravidez, fiz pilates a gestação inteira. Nesta, não estou conseguindo fazer exercício físico – além do que o Gabriel acaba me exigindo ( cá pra nós, mães, há dias em que é pior que academia mesmo de tanta correria e brincadeira pra lá e pra cá). Confesso que também não estou cuidando tanto da alimentação como fiz na primeira vez. Continuo sem refrigerante desde então, regulando os doces, mas não consigo comer salada todo dia, entre outras coisas. Fico tão cansada cuidando da alimentação do Gabriel e de toda sua rotina que acabo tendo preguiça de preparar coisas pra mim. Mas minha alimentação não está ruim, mas poderia ser melhor.
Uma diferença que vejo também é a culpa. Enquanto na primeira gestação a tal da culpa materna não existia por motivos óbvios, agora ela surge de vez em quando ao pensar no Gabriel. Fico lamentando ter que começar a negar colo por causa do peso dele e do tamanho da minha barriga que já cresceu bastante. Tem vezes que estou brincando com ele e fico pensando que daqui a um tempo não poderei mais lhe dar esta dedicação exclusiva – da mesma forma que o irmão nunca terá a exclusividade que ele teve por esses quase dois anos. Mas aí é aquilo que comentei no post sobre o momento certo de ter o segundo filho, qualquer hora teria suas vantagens e desvantagens. Além disso, faz parte do pacote #maededois e de mais ter que abrir mão de algumas coisas para ganhar outras. Lembro sempre de um texto que a Bruninha, minha veterana na faculdade, escreveu para o blog Agora sou mãe quando decidiu ter o segundo filho: o primeiro perde colo, mas ganha um amigo pro resto da vida. Assim espero. Rola culpa também por não dar tanta bola para a segunda gestação. Enquanto eu tirava um monte de fotos da barriga da primeira vez, agora quase não tenho.
Espero não engordar tanto nesta gestação (por uma questão de saúde mesmo) como na primeira e espero ter um pós-parto melhor (escrevi aqui sobre o problema que tive da primeira vez). De resto, só rezo para que o Bernardo venha com muita saúde e espero entrar em trabalho de parto naturalmente como antes e ter parto normal (quem sabe até natural desta vez) de novo.
Já passamos da metade do caminho, mas se eu perceber mais alguma diferença mais pra reta final da gestação, venho aqui compartilhar com vocês. Enquanto isso, está sendo delicioso estar grávida novamente, ver a barriga crescer (ah, sim. A barriga aparece bem antes na segunda vez e parece que fica bem maior considerando a mesma quantidade de semanas), sentir o bebê mexer (estão pra inventar sensação melhor!) e receber todo o carinho que gestantes recebem.
O melhor carinho é quando o Gabriel pede pra ver o bebê, levanta minha blusa, encosta o ouvido na barriga e fala “tum, tum”, imitando o que seria o coração do bebê como falamos pra ele. Essa diferença de ter um irmão esperando pelo outro – mesmo que ele seja pequeno ainda pra entender bem o que está acontecendo – é mágica. Imagino que pode não ser tão fácil e simples assim quando o bebê nascer, mas por enquanto está sendo de derreter os nossos corações. <3
Ah! É de derreter os nossos corações também!
Digo e repito: a gestação é o momento mais mágico da mulher!
Às vezes queria ter outro filho só para passar pela gravidez de novo… hehehe
Não fica tanto tempo sem escrever, não! Sinto falta dos teus textos!
Obrigada, Tá! É mesmo. Estão para inventar sensação tão boa quanto sentir o bebê mexer. A correria do dia a dia está fazendo com que eu demore mais a postar, mas tentarei ser mais disciplinada. rsrs Beijos!