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Consulta materna: 23 dicas para a escolha da primeira escolinha!

Postado em 25/02/2016 por em Comportamento | Comente!

Foto publicada na internet

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Albertina é psicopedagoga e mãe de dois ‘pimpolhos’, como ela costuma dizer, meu irmão de 32 anos e eu de 29… kkkk, eternos pimpolhos! E tenho certeza que quando os nossos crescerem, vamos pensar igual! No texto abaixo ela dá dicas sobre a escolha da primeira escolinha e nos lembra sobre pontos importante que devem ser levados em consideração. PS.: Mãe, te amo! 😉

 

O PARTO DA PRIMEIRA MATRÍCULA ESCOLAR

Uma gravidez e de repente um parto… inicia-se assim a história da vida de qualquer um de nós. Mal sabemos que este é apenas o primeiro de tantos outros partos que vivenciaremos ao longo de nossas vidas a cada gestação. Sim, serão, daí em diante, vários partos que farão parte de nossa história.

Após partir-se do ventre, o feto encontra-se recém nascido e em questão de dias o procuramos e nos deparamos com um bebê, que partiu muito cedo para ser uma criança, em breve se transformará em um adolescente, em um jovem, em um adulto e em um ancião.

Entre esse partos, nos deparamos com os filhos que se casam, nos apresentam a nora e o genro, viram amantes de seus pares, e viram pais de seus filhos, que se transformaram em nossos netos…

Desligar-se da barriga que acolheu no ventre o feto, é um processo complexo. Mas, gradativamente a natureza sábia nos presenteia como alento, primeiramente, o bebê que acolhemos no colo e ficamos as voltas com os cuidados necessários, para que a criança se crie com saúde.

Serão em média 365 dias de pura função e de repente nos deparamos com segundo parto da mesma cria.

Deparamos com a necessidade de matricular os rebentos numa escolinha.

E agora?
Como sobreviver com a possibilidade de entregar os cuidados do bebê a terceiros e num grupo onde ele não terá mais a atenção direcionada?

Eis aí o segundo parto – e por incrível que pareça, mais uma vez a dor maior é a da mãe – que se esbugalha em choros e inseguranças, sem ter muitas escolhas.

E aquilo que parecia ser da ordem do natural, do simples e do comum, rasga mais uma vez as entranhas do feminino, como quem a nos dizer… volta para o útero, não me abandones.

Sim, por mais natural que pareça ser, matricular seus pequenos na primeira escola, dói sim para uma mãe. Mas, chega um momento que não há mais como prorrogar essa atitude, seja por necessidades financeiras ou até mesmo para que a mãe volte a ter sua vida retomada, ou para o próprio desenvolvimento da criança.

Saibam que, assim como o primeiro parto, esse momento também tem seu glamour. Ver nossas crianças se adaptando e expandindo sua vida social é muito gratificante. Uma vez que, é no ambiente escolar que as crianças vão aprender a lidar com o mundo dos aglomerados, irão aprender a dividir atenções, experimentar outras culturas, comparar comportamentos e variadas formas de lidar com as mesmas situações.

Sendo assim, para desmistificar esse momento, sugere-se que os pais escolham a melhor escola para seus filhos, levando em consideração os seguintes aspectos:

1. Escolha uma escola que tenham sido bem acolhidos e que tenham referências de satisfação.

2. Uma escola que seja de fácil acesso para levar e buscar, levando em consideração o deslocamento do trabalho ou da casa, inclusive estacionamento.

3. Uma escola que seja de acordo com sua possibilidade financeira.

4. Uma escola que disponibilize o projeto político pedagógico para os pais, para que seja analisado se o ‘PPP’ contempla as expectativas e as necessidades da família. Desde como funciona o lanche, até as avaliações e os comunicados, etc.

5. Conheça a equipe pedagógica da escola, tendo inclusive uma entrevista com a professora titular e sua equipe de apoio.

6. Conheça o método e pesquise um pouco sobre o mesmo e se ele está de acordo com suas crenças.

7. Converse com a equipe pedagógica, para maiores explicações de como será feito o processo de adaptação, para que sejam instruídos e se sintam seguros e apoiados no momento de deixar a criança na escola.

8. É fundamental que a criança conheça a estrutura da escola, antes da matrícula, para que ela reconheça o ambiente e não se sinta deixada em um lugar estranho.

9. Sugere-se passar em frente algumas vezes para que a criança aprenda o trajeto ou pelo mesmo reconheça o deslocamento.

10. Leve a criança para a compra do material e solicite que ela auxilie na organização, deixando o material preparado com antecedência.

11. Se a criança for muito novinha sugere-se uma foto da professora para que a fisionomia não seja desconhecida ou cause estranheza para a criança.

12. Não demonstre insegurança, nem muita ansiedade nesse momentos.

13. Procure tecer comentários positivos sobre a escola e sobre os professores, para que a criança também se sinta segura no novo ambiente e saiba que ela estará num ambiente amistoso.

14. Busque uma escola com a qual você tenha afinidade com a estrutura física, organizacional e pessoal.

15. Diga para a criança que você vai voltar para buscar em determinado horário.

16. Cumpra o horário prometido, e de preferência, chegue uma pouco mais cedo, para que a criança perceba que você já estava esperando.

17. Ao chegar em casa evite perguntar como foi a escolinha, deixe ela espontaneamente falar sobre as ocorrências.

18. Se ela nada falar, supõem-se que esteja tudo bem. Se os pais tiverem dúvidas, brinquem de escolinha, onde a criança será o professor e o adulto, o aluno. Com certeza, se o ambiente for de hostilidade a criança irá reproduzir na brincadeira.

19. Caso ela se manifeste contra a escola, tente buscar a equipe pedagógica para entender os motivos.

20. Evite traçar o perfil comportamental e emocional da criança no primeiro contato com a professora, para que a escola possa aprender a lidar com a mesma, sem que ela seja estigmatizada ou rotulada antes mesmo da adaptação.

Observação: A agenda escolar é outro material riquíssimo na comunicação escolar. É o portal de registros e intenções, por isso todas as dúvidas dos pais, devem ser registradas de forma amistosa na agenda como uma solicitação de averiguação e esclarecimentos, para mediação das questões. Não pode servir para hostilidades por parte dos pais, nem os manifestos ali escritos devem ser desconsiderados pelos responsáveis da escola. O que fica registrado nos serve de elementos para que possamos ter a real certeza que estamos no processo de mediação.

22. Lembre-se – a escola é uma prestadora contratada e precisa zelar pela qualidade de seu serviço. Os pais contrataram a escola e precisam estar satisfeitos com suas propostas.

23. A mediação é sempre o melhor caminho, para que nossos alunos se sintam sempre escoltados, os pais satisfeitos e a instituição de ensino, cada vez mais eficiente na sua proposta.

Albertina Chraim
Psicopedagoga

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